quarta-feira, 21 de outubro de 2015
08. Predador
Predador
O dia da caça
A hora da onça ir beber água
Na mira do tiro que sai pela culatra
E explode a cabeça que já não controla a bala
No dia lá fora
O dia e a hora de merecer sua carcaça
Decifrar a esfinge que é fera e nos devora
Mas que fracassará quando surgir a aurora
Não tenho medo
Aprendi a viver dias inteiros
Contra o sol, quase estamos seguros
Contra o escuro da noite cheio de predadores
Insepulto
O cadáver do mundo em que vivemos
Não passará impune, ninguém ficará imune
E o futuro dirá onde os lobos dormem
Se a paz dista no horizonte
Submerge ao lado do amor
No oceano do inconsciente
Onde habita o opressor
Que mata as liberdades
De câncer nas vontades
Farei tudo ao meu alcance
Farei o que preciso for
Para predar o predador
Dias de guerra
Dias de enfrentar as sentinelas
Que patrulham o mundo defendendo a ordem
Do Estado, do mercado, do partido único
Você escolhe
Se quer fazer parte da sociedade do controle
Se não quer autocrítica contra-corporativista
E objetiva a ideologia das elites
O dia D, a hora H,
A hora de enfrentar a autoridade
O abuso da força do monopólio da violência
Que com a ganância de quem financia o medo
Como farsa
Repete a história e a tragédia se disfarça
Enquanto uns poucos insistem na fantasia
E abraçam sem ver a hipocrisia das elites
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