quarta-feira, 21 de outubro de 2015
01. O Futuro Adeus
O Futuro Adeus
“O futuro a Deus pertence.”
Então, o que se faz com o presente?
O futuro adeus pertence a mim...
Como assim me pertence o presente.
Mas se nos muros à nossa frente,
espalhados por aí
esbarram toda a gente, mas que fim?!
Não confesso pecado, irmã
Nem professo nenhuma fé cristã
Nem muçulmano nem judeu
Eu não calculo prejuízo
Nem espero ansioso pelo juízo final.
O futuro, afinal, quando há de vir?
Se aqui, por sinal, o presente se desfaz?
Quando, aliás, jurou-se o porvir?
A quem servir pra livrar-se do mal - amém?
É que quando os grãos se petrificam
Santifica-se/Justifica-se, em vão, qualquer divindade/autoridade
Se a primeira impressão é a que fica, será uma mentira
Repetida mil vezes que nunca vai ser verdade.
Atire estas verdades no espelho
Ou no ventilador se preciso for.
Pra apodrecer, basta ter corpo
E isótopos radioativos
Por querer o que não tem nome,
Esta fome que não tem partido
Que só se ouve ao pé-do-ouvido
Quando o ruído de fundo se impõe.
Por nascer e correr os riscos,
Que nos acompanham desde o início
Pra viver, me basta ser torto.
Pra morrer, basta estar vivo.
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