quarta-feira, 21 de outubro de 2015

04. Quando Os Impérios Têm Febre



Quando os Impérios Têm Febre

Quando os aviões apareceram sob o céu de Nova Iorque
Todo mundo entrou em choque
Quando os aviões bombardearam o palácio em Santiago
O fogo amigo era aliado
Quando estavam em paz os navios pela bacia de Santos
Jango já não estava tanto
Quando os impérios têm febre no sistema financeiro
Eu digo, e não sou o primeiro:
Pra que serve tanto dinheiro?

Serve pra comprar toda a mídia [CIA]
Serve pra pagar toda dívida    [Sim, eu sei!]
Serve pra emprestar pra Europa [CIA]
Serve pra pagar a bancarrota   [Sim, eu sei!]

E banhar de sangue as ruas de Atenas [Vitória civilizatória]
Banhar de sangue as ruas do Cairo    [da liberdade que escreve a história]
Banho de sangue com visão noturna    [Sina, melhor, chacina]
Banho de sangue pra sujar as ruas    [em nome da democracia]

Não vou pronunciar o seu nome que é imundo
Nem vou santificar os seus templos de consumo
Por não ter muita escolha, às vezes me curvo
Porém, não serei para sempre seu escravo.

Quando brotou no horizonte o cogumelo gigante
Quem não morreu teve câncer
Quando as florestas ardiam pelo Agente Laranja
Ardiam também os lança-chamas
Quando o povo do oriente derrubou seus ditadores
A OTAN perdeu a pose
Porém, pra manter a estratégia e não perder a hegemonia
Ela bombardeia a Líbia
Até onde ela iria?

Até os confins do universo?           [CIA]
Além o conselho (de segurança) da ONU?[Sim, eu sei!]
Até as ruas de Teerã?                 [CIA]
Até o dia de amanhã?                  [Sim, eu sei!]

Banho de sangue em sinal de alerta[Vitória civilizatória]
Banho de sangue pra lavar a honra [da liberdade que escreve a história]
Banho de sangue pra lavar a alma  [Sina, melhor, chacina]
Banho de sangue, detonar a bomba  [em nome da democracia]

Não há novidade, é só o mesmo absurdo
Não digo mais nada, você já sabe tudo
Esteja atento, o perigo mora ao lado
E vai interferir no governo do seu Estado
O que cantar sobre um futuro hipotético?
O que esperar deste presente apático?
Como escapar deste domínio estratégico
E construir um mundo, de fato, democrático?

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